sábado, 3 de dezembro de 2016

Diálogos de um sábado qualquer

- Oi, tudo bem?
- Quanto tempo não é mesmo?

Risos sem graça. Abraços sem jeito.

Mas... será que você não estranha esse distanciamento? Será que as vezes não sente essa vontade que eu sinto de te fazer um cafuné?
Por que não faço?
Ah, sabe como é... tem uma certa convenção social que fala que não é tão legal ficar por aí afagando a cabeça de outras pessoas assim, do nada.
Não me olha assim.
Eu sei que não devia me importar com esse tipo de coisa, mas eu também não devia sentir esses desejos.

Só que hoje eu quando eu abri meus olhos, você foi a primeira coisa que eu pensei. Estranho né?
Quer dizer.. de certa forma, suponho que seja natural. 
Na verdade hoje eu acordei e eram seus olhos vendo o mundo. Hoje acordei um pouco você. E eu gosto disso. De me perder um pouco.
Mas eu queria te fazer uma pergunta.

Deixa eu bagunçar você?


- Bom te ver.
- A gente vai se falando.